Fonte: Diário da Manhãq

Das peças que a vida prega na gente, algumas são complexas ao extremo: requerem acima de tudo equilíbrio emocional para o prosseguimento da trajetória. Há seis anos, a cidadã Marli Matias enfrenta um desafio bem maior do que as incontáveis provas de atletismo nas quais participou. Foram cerca de 30 anos de corridas de percursos médio e logos, em pistas de Pelotas, região, Estado, pelo País e até exterior.

ÚLTIMOS seis anos de Marli são de “percurso” diferenciado de sua vida atleta

Também foram incontáveis as vitórias e momentos de glória na carreira da atleta que até o ano 2015 vivia uma permanente e diferenciada fase na modalidade maratona. A peça inesperada que tirou Marli de ação não lhe deu nenhuma trégua: exige foco e dedicação na busca pela manutenção de uma qualidade de vida digna de uma atleta com um currículo vencedor.

De uma hora para a outra, Marli Matias se viu impossibilitada de fazer algo que era parte de sua vida: correr. Exames daqui, dali, em vários pontos de especialidades médicas e um diagnóstico aproximado de um problema de difícil solução. Marli estaria com uma infecção na medula. Os últimos seis anos de Marli têm sido de uma “correria” fora do imaginado quando de uma carreira de muitos triunfos: fisioterapia, equoterapia e outros tantos trabalhos tentam recolocá-la no caminho da normalidade.

“É difícil encarar a nova situação, mas não deixamos de acreditar que podemos recuperar nossa condição de mobilidade”, salienta Marli, aos 56 anos, forçosamente adaptada a uma realidade impensada, num mundo mais lento, sem os passos apressados e compassados que muitas vezes a levaram a diversos e vitoriosos pódios esportivos.